quarta-feira, 27 de julho de 2011

Guerra dos Sexos (A Eterna Divisão)


                Não sou um grande crente na Guerra dos Sexos. Essa guerra, a existir, teria como primeira vítima, o género. Masculino e feminino deixariam de existir. E ambas as partes sairão derrotadas ao fim de intermináveis batalhas. Não, não sou machista, se é o que pensam, nada disso. Cada pessoa é como é, e se um homem sonha ser bailarino e uma mulher sonha em ser pedreira devem lutar por esse sonho, com todas as forças. A questão aqui é a almejada (por alguns e não por mim) igualdade. Eu não conheço muita gente mas entre homens e mulheres não me consigo decidir qual é o sexo mais forte. As feministas por este planeta fora dirão as mulheres. A maioria dos homens diria que o sexo masculino sempre foi o provedor, o protector. Mas tudo isto é apenas assunto de discussão e de mais batalhas. Divisão e segregação. Passemos à História então.
            Historicamente os povos mais antigos usavam um método muito elementar de “governo”. As comunidades eram pequenas, com algumas centenas, talvez até um milhar de pessoas. Em cada tribo duas pessoas, um homem e uma mulher eram “chefes” da tribo, sendo que, normalmente, eram escolhidas para esta função as pessoas mais velhas e/ou mais experientes dentro da mesma. As decisões que afectassem o modo de vida da tribo eram tomadas por “conselhos”, onde se reuniam as pessoas mais “poderosas” da tribo. Os melhores guerreiros, os melhores curandeiros, etc., com os dois anciãos à cabeça dessa reunião. E nenhuma decisão era tomada sem discussão, fosse sobre as caçadas, fosse pelas plantações e colheitas. Nenhuma decisão seria tomada se houvesse um grupo de pessoas que estivesse a ser ignorado ou desprezado. Todas as pessoa eram protegidas, fossem as crianças, em que toda a tribo era pais e mães de todas elas e não apenas os biológicos, fossem os mais idosos, que eram basicamente venerados pela sua experiência e sabedoria, sendo que, em muitos casos eram os primeiros a comer e a beber e só depois os outros. Mas a História, essa coisa de que falam os livros, declararam esses povos como “selvagens” e “primitivos”. Veja-se que, há centenas de anos, os povos ocidentais (entre os quais, como português, me envergonho de estar) resolveram partir à conquista. Literalmente, à conquista. Pilhou-se, matou-se, violou-se. Estes povos primitivos (é de ir às lágrimas isto, parece uma piada de mau gosto chamá-los assim) foram pisoteados, escravizados, praticamente extinguidos, em nome do progresso de meia dúzia de povos. Claro está que nenhum relato histórico é feito nesta base. Os livros de História foram escritos por quem ganhou as guerras e nenhum assassino se intitularia assim ao escrever a sua própria biografia. “Mata um ser humano e és assassino, mata um milhão e és um conquistador.” Lembram-se? E depois, os povos onde toda a gente era respeitada e tratada como seres humanos que são e onde existia um solene respeito pela Natureza é que são os “selvagens” e “primitivos”. Isto faz tanto sentido como usar uma raquete de badmington como remo, numa prova de rafting. Ou segurar um leque na frente da cara e abanar a cabeça. Somos a criatura mais inteligente do planeta e é isto que fazemos. Ou deixamos fazer. Conforme prefiram pensar. Vai dar no mesmo.
            Pensemos por um momento (todos juntos isto vai). Americanos são uma cambada de desgostosos com o fim da Companhia das Índias, uma data de burgueses, que resolveram sair do seu país e colonizar um outro continente habitado, oprimindo os povos que já lá existiam há milhares de anos. Os Portugueses e Espanhóis partiram à descoberta. O que descobriram? Descobriram que era muito mais fácil roubar recursos noutras terras do que aproveitar aquilo que existia no seu próprio país. Onde está a glória de roubar recursos eu não sei, devo ser estúpido. Os povos Godos no Norte da Europa e os povos Mouros da parte ocidental da Ásia eram fomentadores de guerra, povos guerreiros treinados em tundras geladas e desertos escaldantes, que sobreviviam à custa de pilhagens de povos que trabalhavam as terras e tiravam o seu sustento delas. Onde está a glória de guerreiros treinados e armados até aos dentes matarem agricultores cujas únicas armas são foices e enxadas, eu também não sei. Devo ser mesmo muito estúpido. Ou não. Durante séculos, a (mal) dita História foi escrita por pessoas sem escrúpulos, violentas e gananciosas. A guerra é a eterna praga da humanidade, causa mais morte do que todas as doenças juntas, mais destruição do que qualquer catástrofe natural. Eu adoro violência. Dentro de um ringue ou num estúdio de cinema. Deixemo-nos de guerras. E deixemos a História para os livros. Deixemo-nos de mentiras também já agora.
            Ambos os sexos têm um papel importante a desempenhar e todas as raças também. Precisamos de união e de parar imediatamente de acreditar em quem nos quer dividir para seu próprio proveito. Unam-se minha gente, parem de pensar apenas em vocês próprios, somos todos pais e filhos uns dos outros, uma tribo só. Todos os seres humanos são importantes num mundo onde, a haver igualdade, teríamos tudo o que desejamos, pelo tempo que desejássemos e ainda haveria sobras. Aprendam. Leiam. Pensem. Mas parem de acreditar em tudo o que ouvem, por favor! ZEITGEIST!

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