terça-feira, 12 de julho de 2011

Ciência Vs. Religião ou Ciência = Religião?


                Recentemente muito se ouve falar de que o progresso da Ciência vai acabar por destruir a humanidade. Por outro lado, em alturas de Renascimento, o debate era que as guerras travadas em nome de deuses incógnitos nos seus palácios celestiais ou em grutas nas profundezas da terra seriam o fim da humanidade pelo que, em vez de um abraçar de dogmas, o caminho correcto seria um pragmatismo onde o ser humano era o centro da vida e da verdade universal. Não irei entrar nas parcialidades da minha obscura forma de pensar. Em vez disso tentarei mostrar que, mais uma vez, como em tudo aquilo que eu acredito, não existe magia sem ciência nem ciência sem magia. Chamo magia àquilo que normalmente chamaria religião mas foi-me apontado recentemente que a crença em Deus não é obrigatoriamente religião. Como não possuo o conhecimento para contrariar ou confirmar esta hipótese, preferi não ferir susceptibilidades. Magia e ciência serão então as duas faces em disputa… ou talvez não. Continuem a ler.
            Já ouviram falar da Proporção Divina? Também chamada de Razão Áurea foi recentemente muito divulgada nas obras de Dan Brown, nomeadamente em “O Código de Da Vinci”. Tentem isto: meçam a vossa altura, meçam depois do umbigo ao chão e dividam o primeiro pelo segundo. Vou adivinhar que o resultado será: 1,618. Esse número (referido em matemática se não estou enganado como Phi) aparece muitas vezes na natureza, sendo que, na minha opinião, o exemplo mais mágico será o que acontece dentro de uma colmeia. Se dividirem o número de fêmeas pelo número de machos encontrados numa colmeia o resultado será sempre 1,618. Não tenho QI que chegue para sequer começar a imaginar o porquê de isso acontecer. Mesmo que o tivesse não o faria, deito isso para o campo da magia. Apenas quero apontar que se alargamos o nosso pensamento poderemos encontrar uma certa causalidade na Natureza. Não podemos simplesmente ignorar isto e declarar que tudo na Natureza é simplesmente coincidência, né? Claro está, a Razão Áurea não explica tudo mas é um número que aparece em quase todas as proporções de crescimento na natureza.
            Muitos estarão a perguntar-se porque raio um ateu convicto quer demonstrar a existência de deus? Porque não o estou a fazer, embora filosoficamente (os religiosos vão adorar esta parte) se há causalidade no tecido do Universo, tem de haver consciência envolvida e isso poderá ser a prova que as Fés por esse mundo fora tanto procuram. Mas mesmo que aceitemos este facto como definitivo, e como quase sempre acontece na Ciência, após uma resposta,  surge outra pergunta: que tipo de consciência é esta? É um senhor de barbas sentado numa nuvem? É um grupo de senhores e senhoras num palácio dourado? É uma consciência extra-terrestre? Eu penso que nenhuma destas hipóteses é a correcta. Já falei no blogue sobre o pouco que pesquisei, li e acima de tudo entendi acerca do campo morfogenético. Se quiserem saber mais dirijam-se a:
Para mim e apesar de ser um campo hipotético, para o qual não existe nenhuma prova empírica que comprove a sua existência é a melhor explicação. As pessoas oram a uma miríade de deuses e supostas consciências sobrenaturais. Umas acreditam que são defendidas e favorecidas por essas consciências, outras sentem-se julgadas e castigadas pelas mesmas. Eu prefiro pensar que é apenas energia. A ser verdade que a Teoria do Big Bang deu origem ao Universo, o hidrogénio (a substância que, ao nível das partículas, é a mais simples do Universo) deu origem a todas as outras. Eu acredito e defendo a única teoria que ultrapassa os limites de cada fé e religião e as unifica como um todo. Toda e qualquer forma de energia tem consciência e o campo morfogenético dá forma a tudo o que existe. Não me parece que esse campo esteja minimamente interessado nos nossos destinos e não me parece que ele conte os pecados de cada um. É apenas um diagrama cósmico, sem vontade outra que não seja formar novos campos energéticos, cada vez mais complexos. Como e porquê que isso acontece? Não sabemos e talvez seja melhor assim… Possuirmos esse conhecimento nesta fase seria prejudicial. Somos egoístas ao ponto se arruinarmos aquilo que não conseguimos reparar: o planeta. Imaginem se pudéssemos mudar o campo morfogenético e, por conseguinte, o Universo, para ele se adequar a tudo o que desejamos. Cada um de nós a ter tudo o que deseja, sem limites, seria o caos. Porcos com asas, ursos com bicos, 6 braços, 40 olhos, órgãos genitais com tamanho suficiente para possuírem o seu próprio campo gravitacional, e tudo pelo meio. Não é bem a minha praia…

Sem comentários:

Enviar um comentário